segunda-feira, 28 de março de 2011

ESPIRITUALIDADE OU CHOCOLATE ?

Olá seja bem-vindo!

Segunda-Feira, 28 de Março de 2011


Publicado no dia 28/03/2011
17:50:31
Espiritualidade ou Chocolate? Qual é seu compromisso para essa Quaresma?



Estamos na época de aproveitar as promoções de ovos de chocolate nos supermercados?





Não! Para nós, cristãos, a maior festa da Igreja não pode ser minimizada a quilos de chocolate e troca de ovos entre os amigos e parentes.





Semelhante ao Natal, não podemos ceder ao apelo comercial, que também ganha destaque nesse tempo de Quaresma.





Páscoa é tempo de renovar nossas esperanças e nos aproximarmos de Jesus, que é nosso único Salvador.





Vamos fazer o possível para que, cada vez mais, a Páscoa retorne a seu sentido real.





Vamos espalhar essa idéia de espiritualidade entre os amigos e também entre as crianças. Essa proposta pode ser aderida também entre os nossos compromissos de Quaresma. VAMOS RECRISTIANIZAR A PÁSCOA! Vamos conversar e mostrar as pessoas que é sim possível viver uma Páscoa mais santa!





O texto a seguir foi escrito por João Paulo Veloso, coordenador nacional do Ministério para os Seminaristas. Vamos refletir sobre o que ele tem a nos dizer e pensar em ações concretas para esse período tão rico liturgicamente.





Vamos recristianizar a Páscoa!





No dia 24 de abril, praticamente o mundo inteiro vai celebrar uma data que, a princípio, é cristã: a Páscoa. Digo a princípio porque, à semelhança do Natal, a Páscoa nem parece mais uma festa religiosa.





Vamos fazer uma comparação. Leia as duas músicas abaixo e diga qual é a que você mais escuta na época da Páscoa:





Cristo, nossa Páscoa (autor desconhecido)
Cristo, nossa Páscoa, foi imolado, aleluia!

Glória a Cristo, Rei, Ressuscitado, aleluia!

Páscoa Sagrada! Ó festa de luz!

Precisas despertar: Cristo vai te iluminar!

Páscoa Sagrada! Ó festa universal!

No mundo renovado, é Jesus glorificado!

Páscoa Sagrada! Vitória sem igual!

A cruz foi exaltada, foi a morte derrotada!

Páscoa Sagrada! Ó noite batismal!

De tuas águas puras, nascem novas criaturas!

Páscoa Sagrada! Banquete do Senhor!

Feliz a quem é dado, ser às núpcias convidado!

Páscoa Sagrada! Cantemos ao Senhor!

Vivamos a alegria, conquistada em meio à dor!





Coelhinho da Páscoa (Olga Bhering Pohlmann)


Coelhinho da Páscoa, que trazes pra mim?

Um ovo, dois ovos, três ovos assim!

Um ovo, dois ovos, três ovos assim!

Coelhinho da Páscoa, que cor eles têm?

Azul, amarelo e vermelho também!

Azul, amarelo e vermelho também!

Coelhinho da Páscoa, com quem vais dançar?

Com esta menina que sabe cantar!

Com esta menina que sabe cantar!

Coelhinho maroto, porque vais fugir?

Em todas as casas eu tenho que ir!

Em todas as casas eu tenho que ir!





Então? Essa festa que o mundo inteiro celebra é em homenagem ao Cristo Pascal ou ao Coelhinho da Páscoa? Parece óbvio que se homenageia o coelho que põe ovos!





Muito mais que o Natal, a Páscoa é a principal e mais importante celebração da Igreja. Isso porque foi neste evento que Nosso Senhor Jesus Cristo nos alcançou definitivamente a salvação! Pelo seu mistério pascal (Paixão-Morte-Ressurreição), a humanidade foi resgatada da escravidão do pecado e reconciliada com Deus.



Esse é o sentido de se celebrar a Páscoa: a vitória da vida sobre a morte! E nós reduzimos essa grandiosidade a algumas guloseimas...





A primeira lembrança que eu tenho da Páscoa é justamente essa música do coelhinho, cantada na escola. As crianças iam para as aulas fantasiadas de coelhos, e havia gincanas para encontrar ovos de chocolate escondidos. Qual criança não gosta de chocolate e de um animal tão gracioso quanto um coelho? Essa festa, então, só podia fazer sucesso! Da mesma forma que eu esperava ansiosamente pelo Natal (para ganhar presentes), esperava pela festa da Páscoa (para ganhar ovos de chocolate).



E a relação de Jesus com estas celebrações? Jesus? Quem é Jesus mesmo?





Até aí é compreensível. As escolas não têm a obrigação de ensinar preceitos religiosos. Mas e a catequese? Eu cheguei a participar de uma formação para catequistas em que nos ensinaram a cantar a música do coelhinho (olha ela de novo!) para mostrar às crianças da 1ª Eucaristia o valor da Páscoa (!).





Essa questão do coelho e dos ovos está tão absorvida pela sociedade que o mistério de Cristo está, há muito tempo, completamente eclipsado. Um exemplo claríssimo do que estou dizendo é a própria Semana Santa. A Missa de Ramos, as diversas procissões (do Encontro, do Senhor Morto...) e a Sexta-Feira da Paixão lotam as nossas igrejas e capelas... Mas quantas pessoas participam da Vigília Pascal e da Missa da Páscoa da Ressurreição? Os católicos morrem com Cristo na sexta-feira, mas se esquecem de ressuscitar com Ele no domingo! E tudo isso porquê? Por causa do bendito coelho...





Mas de onde vem esse personagem? De onde vêm os ovos? E por que são de chocolate? Muitos tentam forçar a barra e dar uma roupagem cristã a esses elementos: o coelho representa a fertilidade da Igreja, os ovos representam a vida que renasce e o chocolate a candura de Cristo... Ah, faça-me o favor!





Todos esses elementos são “importados” de culturas não-cristãs. O coelho é símbolo de fertilidade, mas não da Igreja, e sim dos cultos pagãos à natureza. Os ovos têm suas raízes nos cultos egípcios e celtas e o chocolate... Bem, o chocolate é uma jogada da indústria alimentícia, já no século XIX.





Sim, a Páscoa do Nosso Senhor converteu-se em mais uma festa consumista. Não bastasse a enxurrada de deliciosos ovos de chocolate, há inúmeros pacotes turísticos para “aproveitar” bem a Semana Santa: roteiros para Ilhéus, Porto de Galinhas, Salvador, Costa do Sauípe... São lugares maravilhosos, sem dúvida, mas essa é a época certa para um católico “pegar praia”?





Irmãos, vamos recristianizar a Páscoa! Temos que mostrar ao mundo o real significado desta data, que tem raízes na mais importante das festas judaicas. Cristo celebrou a Páscoa dos Judeus, e cumpriu toda a promessa contida nela. Ele é verdadeiro Cordeiro sacrifical, com Ele Deus sela conosco a nova e eterna Aliança!





Façamos ações concretas para esse fim, principalmente com relação às crianças. Vamos ensiná-las a cantar “Cristo, nossa Páscoa”, vamos levá-las a todas as celebrações da Semana Santa, vamos mostrar a elas que quem nos salva é Jesus, e não o coelho!





Rogo a Deus para que, no dia 24 de abril, possamos entoar alegremente com toda a Igreja o verdadeiro canto pascal:





Páscoa Sagrada! Ó festa universal!

No mundo renovado, é Jesus glorificado!

Cristo, nossa Páscoa, foi imolado, aleluia!

Glória a Cristo, Rei, Ressuscitado, aleluia!





João Paulo Veloso

Seminarista da Arquidiocese de Palmas

Coordenador Nacional do Ministério para Seminaristas

contato@renasem.com.br









terça-feira, 22 de março de 2011

EM BUSCA DA VONTADE DE DEUS




Em busca da vontade de Deus


Quando somos batizados no Espírito Santo fazemos uma experiência de Deus que nos marca profundamente.



Pode este acontecimento ser comparado a um divisor de águas, que dará origem a um modo de vida, no qual a fé passa a reorientar nosso pensar e agir.



Na Renovação Carismática, entendemos que essa experiência do Batismo no Espírito não se esgota em apenas um momento, mas pode levar-nos a um modo de vivermos neste mundo, orientando-nos para uma vocação humana, que é a “vida no Espírito” (Catec. 1699ss).



A vida no Espírito, por sua vez, abre-nos para uma nova perspectiva a respeito dos planos de Deus para conosco. Sentimo-nos chamados a uma amizade com Deus e, como amigos, a um relacionamento no qual percebemos que Deus tem planos especiais para com cada um de nós.



Planos especiais? Sim! Por que somos melhores? Não!



Na realidade, na base dessa experiência há uma profunda percepção de que Deus nos ama, que este amor, tem Nome e realizou-se plenamente na história humana na pessoa de Jesus Cristo, seu Filho, que se deu a nós por amor.



Esse amor se revela com tamanha plenitude e abundância que nos sentimos especiais, pois se Deus se interessou desta forma por mim e por ti, entrando em nossa história pessoal, é porque somos importantes para Ele.



As pessoas que passam pela experiência do Batismo no Espírito Santo respondem, em sua grande maioria, que foi isto que aconteceu: “Experimentei o amor de Deus, Jesus se tornou o sentido de minha vida!”.



É de se esperar, portanto, que também para a maioria dessas pessoas tome rumo uma busca por reorientar o futuro, realinhar suas perspectivas em relação a sua missão neste mundo, buscando fazer a vontade de Deus em suas vidas, questionando-se: o que Deus espera de mim? Qual é sua vontade a meu respeito?



Bem, não existem respostas prontas, eis aqui uma jornada que demandará toda uma vida, que exigirá de cada um de nós uma atitude de permanente estado de vigilância, com um firme propósito de submeter-nos aos planos divinos. Sempre considerando que precisamos de irmãos e irmãs, que a vida cristã não se faz sozinha e que a comunidade tem um papel fundamental para podermos discernir nossas decisões.



Estimados irmãos e irmãs, estamos começando mais um ano. Possa 2011 ser um período de entrega e dedicação para que a vontade de Deus se realize através de nossas vidas.



Nossa missão como movimento eclesial se apresenta a cada dia com novos desafios, que se tornam para nós oportunidades de trabalharmos pela obra do Senhor!



Possamos através deste trabalho crescer em nosso apostolado, fazendo dele um caminho de perseverança na vida no Espírito! Animados pela Palavra do Senhor, queremos “lançar nossas redes”, sentimo-nos impulsionados a dar o melhor de nós para que o Senhor nos use como instrumentos seus.



Fraternalmente,



Marcos Volcan

Presidente do Conselho Nacional RCC-Brasil

segunda-feira, 21 de março de 2011

DILEMAS DO NAMORO NA ADOLECENCIA

DILEMAS DO NAMORO NA ADOLESCÊNCIA


* Gerson Abarca



Se você me perguntar o que acho do namoro na adolescência, de imediato vou lhe dizer que me preocupo. Principalmente por ver que a maioria dos adolescentes que conheço e namoram, estão apresentando defasagem em algum fator da vida. É a desatenção para com a religião, escola, esporte, família, amigos, enfim, sempre tenho observado algum desgaste.



Como a onda é pegar, ficar e descartar, observo que os adolescentes que possuem algum compromisso religioso, ou que já se definem com critérios morais diante das parcerias amorosas que estabelecem, ficam sentindo-se meio que deslocados diante da galera que está pegando mesmo. Alguns deles já me revelaram que preferem iniciar um namoro sério, com compromisso, do que caírem neste esquema de ficar, cada hora com um.



Mas tudo bem, querem estabelecer relacionamento sério, para escaparem da futilidade e acabam caindo no compromisso. Compromisso de quê? Será que quando fazem assim já estão pensando em casar? –“Ô carinha, lógico que não, é só por um tempo, pra gente não ficar só”. Mas desta forma caem no mesmo esquema dos ficantes, com um compromisso transitório.



Sabemos que a indução para as sensações libidinais na adolescência, está cada vez mais apelativa nos meios de comunicação social. Escapar disto é uma tarefa árdua, e quase impossível. Sabemos também, que no passado os jovens começavam a namorar cedo, geralmente aos 14 anos, mesmo sem todo esquema apelativo. A onda hoje não é namorar, mas pegar, ficar e ter poder pelo número de bocas que se beija em uma noite.



Resta aos adolescentes com algum princípio, o namoro. Caindo assim em outra armadilha, a antecipação do futuro. É a lógica do vínculo amoroso, que conforme o tempo passa, a intensidade de sentimentos aumenta. Por isto mesmo que vemos adolescentes que apresentavam-se com grandes objetivos profissionais na vida, com desempenho educacional de primeira linha, que no decorrer do namoro acabam diminuindo suas expectativas de futuro para não verem ameaçados o namoro. Lembro-me de um adolescente que chegou a passar em uma escola técnica top de linha, mas como teria que mudar de cidade, acabou optando por estudar em uma escola de segundo grau de sua cidade, onde residia à namorada.



Sabemos que os pais dificilmente conseguirão deter um namoro que segue preceitos religiosos e vem de adolescentes bem intencionados. Dependendo do tipo de tortura dos pais, o namoro acaba virando arma de contestação às regras, e aquilo que poderia ser só uma experiência torna-se paixão arrebatadora. Porém, é necessário ater-se a alguns cuidados para que pelo menos o namoro dos filhos não venha destruí-los. Observar o ritmo de estudo; incentivar à prática esportiva; estimular para que saia com os amigos; continuidade nos compromissos da comunidade; participação nas viagens e atividades da família; controlar de alguma forma o tempo de estarem juntos no namoro; evitar acolher o namorado ou namorada dos filhos como se já fizessem parte da família, tipo norinha e genrinho; ser presença nas realizações dos filhos e fomentar os sonhos deles.



Aos adolescentes que estão nessa de namorarem sério, procurem não perder de vista seus sonhos pessoais. Neutralizar-se pelo outro, movidos pela paixão, dá a sensação de viver um grande amor. A confusão dos sentimentos é o que pode levar um adolescente à dependência emocional. Desta forma, um bom critério para saber se o namoro está legal na adolescência é procurar perceber se os pensamentos e sentimento estão canalizados apenas para a parceira ou parceiro. Se estiver, é sinônimo de dependência. E toda e qualquer dependência é negativa. Pois na vida devemos construir nossos relacionamentos de forma que não dependamos uns dos outros, mas sim que façamos trocas. Só pode trocar quem têm algo para oferecer, aliás, esta é a dinâmica do amor.



Adolescentes, não se iludam. Mais do que dar, vocês ainda estão no tempo de receber muito. Não antecipem o leito do rio, deixe que ele corra seu percurso no seu ritmo normal. Se seu namoro está muito “pegajoso”, cuidado, você poderá ficar sem sair do lugar.



Na verdade mesmo, se me perguntarem se os pais deveriam deixar namorar, não teria medo de responder que depois dos 17 anos quem sabe. Mas cada pai e mãe sabe os filhos que possuem, tudo dependerá de um bom diálogo. O certo é que com a autorização do namoro, as preocupações se dobram e a atenção multiplica-se. As vezes é melhor errar por excesso do que por falta. O excesso é mais fácil de tirar no futuro, isto é muito parecido com o bolo quando está no forno, se sobrar dá para acertá-lo na forma, mas se faltar ele fica horrível, alguns precisam até ser jogado fora.



* É Psicólogo, autor do livro “Sexualidade na Contramão” Ed. Paulus-SP.



SEXO UM DOM DE DEUS

Altera letra Segunda-feira, 21 de março de 2011, 16h40


O sexo é um dom de Deus, afirma pesquisador

Gracielle Reis

Da Redação



ArquivoChristopher West é membro do Instituto Teologia do Corpo, palestrante, autor de livros. Ele e a esposa Wendy têm cinco filhos e vivem nos EUA “O sexo é um evento religioso”. É desta forma que o pesquisador e docente do Instituto Teologia do Corpo*, Christopher West, define a relação sexual no matrimônio, em seu livro Good News About Sex and Marriage: Answers to Your Honest Questions About Catholic Teaching (tradução livre: “A Boa Nova sobre o sexo e o casamento: Respostas às suas perguntas sinceras sobre o Magistério da Igreja Católica”).





O autor afirma que o “sexo não é um assunto periférico”, pois, é através dele, que o homem e a mulher expressam o amor matrimonial, numa entrega gratuita, fiel e total. Ele ressalta ainda que o sexo faz com que os esposos participem da vida e do amor divino, uma vez que a relação torna visível e concreto o mistério do amor de Deus.



“Deus nos deu o desejo sexual como um instrumento para aprendermos como Ele nos ama, para participarmos de sua vida divina e alcançarmos o sentido da nossa existência”, explica.
http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=280912
A assessora do setor pré-matrimonial da Pastoral Familiar, na Arquidiocese do Rio de Janeiro, Tatiana Melo, enfatiza, a partir do escritos do Papa João Paulo II, que o corpo tem valor e que este é não uma “carapaça” que impede o ser humano de viver as coisas celestes. “O nosso corpo é parte da nossa identidade, do nosso ser. Com o nosso corpo, masculino ou feminino, nós somos chamados a amar como Deus nos ama”, elucida.




.: NA ÍNTEGRA: entrevista com Tatiana Melo

Ela destaca ainda que a prova de que o corpo humano tem valor é a encarnação de Jesus Cristo. Ao recordar as palavras do futuro beato quando destaca que o “Verbo Divino se fez carne e habitou no meio de nós”, a assessora enfatiza que a teologia precisou “abrir as portas” para o corpo humano entrar e transmitir a toda a Igreja que, com o corpo, homens e mulheres podem viver na dignidade de filhos de Deus.


Christopher West reforça a ideia de que o sexo é algo sagrado, criado por Deus e, por isso, o casamento não pode ser visto como algo “relativo”, em que as pessoas escolhem como ele deve ser. “Para que haja, de fato, o matrimônio, é preciso que ele esteja de acordo com a vontade de Deus e não com as minhas vontades”, defende.



E para conceituar o que é verdadeiramente o casamento e se distanciar de qualquer lógica relativista, o docente se utiliza das palavras de João Paulo II:


“O sacramento (do matrimônio), como sinal visível, é constituído da masculinidade e da feminilidade. O corpo, e somente o corpo, é capaz de tornar visível o que é invisível: o espiritual e o divino. Ele foi criado para transferir para a realidade visível do mundo o mistério escondido pela eternidade em Deus e do qual é sinal”.



Como elucida a assessora da Pastoral Familiar, quando o sexo é vivido da forma certa, ele representa uma prévia do que vai se experimentar no céu: “Nós estamos repetindo, começando a experimentar o que é um pouco desse gozo divino, que é esse casamento místico que Deus quer fazer com todos nós”.



Arquivo pessoalTatiana e o marido Ronaldo Melo são assessores na Pastoral Familiar da Arquidiocese do Rio desde 2009Sexualidade humana





Tatiana Melo, explica que a sexualidade é a capacidade que todo ser humano tem, com suas característica psicológicas, biológicas e espirituais, de expressar o amor e de se relacionar com os outros. Ela acrescenta ainda que, para os cristãos, a sexualidade deve ser sempre associada à virtude da castidade, pois é esta que vai ordenar e equilibrar a outra.



“A Igreja sempre nos orienta que, fora do casamento, a castidade requer a abstinência, e no casamento requer fidelidade a todas as promessas que o casal faz, no momento do Sacramento do Matrimônio, aos pés do altar”, complementa.


A assessora destaca também que a palavra "sexo" não é um verbo, mas um substantivo, isto é, é algo que o ser humano “é”, faz parte da sua identidade, da essência criada por Deus: “Deus, aos nos criar homem ou mulher, não nos criou só enquanto indivíduo, mas enquanto seres complementares, que precisam um do outro para exercitar essa capacidade de amar, não só espiritualmente, não só em alma, mas também fisicamente, através do nosso corpo”.


Homossexualidade



“[Deus] nos olha com amor, no momento da concepção, e é Ele quem escolhe de que forma a nossa sexualidade vai nos levar à salvação". É o que ressalta Tatiana, ao afirmar que, no ato da criação, Deus criou o homem e a mulher e foi Ele quem fez esta opção e estabeleceu a união entres eles através do sexo no casamento.



De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, "[a sexualidade] só se realiza de maneira verdadeiramente humana se for parte integrante do amor com o qual homem e mulher se comprometem totalmente um para com o outro até à morte" (CIC 2361).



Deste modo, como também explica o Diácono e teólogo Paulo Lourenço, a homossexualidade não estaria associada a esta essência criada por Deus. "[Esta prática], não está regulada à preservação da dignidade da pessoa humana. Portanto, a relação homossexual, denigre a pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus", explica.



Ainda segundo o Catecismo da Igreja, os atos de homossexualidade, em caso algum, são aprovados pois seriam "intrinsecamente desordenados. São contrários à lei natural, fecham o ato sexual ao dom da vida, não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira" (CIC 2357).



Contudo, o documento enfatiza:



"[Os homens e as mulheres com tendências homossexuais] devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição" (CIC 2358).



A Teologia do Corpo - A "revolução sexual" em João Paulo II



O Papa João Paulo II dedicou o primeiro grande projeto de ensino de seu pontificado - 129 palestras curtas entre setembro de 1979 e novembro de 1984 - à sexualidade humana e relação sexual no matrimônio. Assim, o projeto foi intitulado por ele "teologia do corpo", em que o Santo Padre busca levar a Igreja e os fiéis ao entendimento da relação íntima entre o sexo e o mistério cristão.



Os estudos sobre o tema também foram evidenciados pelo Sínodo dos Bispos em 1980 sobre a família. Ao fim do Sínodo, os padres conciliares pediram a criação de centros teológicos dedicados ao estudo dos ensinamentos da Igreja sobre matrimônio e família. João Paulo II, de acordo com a proposta, respondeu com o estabelecimento do Instituto Superior para Estudos de Matrimônio e Família e o Conselho Pontifício para a Família.



O Instituto foi fundado, portanto, em 13 de maio de 1981, em Roma, pelo Pontífice, e busca ser o líder na formação de especialistas nas áreas de conhecimento relacionadas à pessoa, matrimônio e família. O organismo oferece programas acadêmicos que contam com uma sólida base filosófica e antropológica, aliando-se aos conhecimentos de psicologia, pedagogia, ciências médicas, bioética, Direito Familiar e outras ciências sociais.



Com a "teologia do corpo" do Papa, como explica Tatiana Melo, os cristãos são chamados a viver uma verdadeira “revolução sexual”, passando de uma sexualidade “reprimida” para uma “redimida”. Ou seja, Cristo ao se entregar na carne pela humanidade fez uma entrega total e, assim, ensina que os esposos são chamados a imitá-Lo, numa doação total, livre e fecunda de si ao outro.







segunda-feira, 14 de março de 2011

PELA CRUZ RECEBEMOS A SALVAÇÃO

Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos,porque pela sua Santa Cruz Remistes o Mundo

quarta-feira, 9 de março de 2011

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVl PARA QUARESMA 2011

Altera letra Terça-feira, 22 de fevereiro de 2011, 10h10


Mensagem do Papa para a Quaresma de 2011



Boletim da Santa Sé (Revisão equipe CN Notícia)



«Sepultados com Ele no batismo, foi também com Ele que ressuscitastes» (cf. Cl 2, 12)



Amados irmãos e irmãs!



A Quaresma, que nos conduz à celebração da Santa Páscoa, é para a Igreja um tempo litúrgico muito precioso e importante, em vista do qual me sinto feliz por dirigir uma palavra específica para que seja vivido com o devido empenho. Enquanto olha para o encontro definitivo com o seu Esposo na Páscoa eterna, a Comunidade eclesial, assídua na oração e na caridade laboriosa, intensifica o seu caminho de purificação no espírito, para haurir com mais abundância do Mistério da redenção a vida nova em Cristo Senhor (cf. Prefácio I de Quaresma).



1. Esta mesma vida já nos foi transmitida no dia do nosso Batismo, quando, «tendo-nos tornado partícipes da morte e ressurreição de Cristo» iniciou para nós «a aventura jubilosa e exaltante do discípulo» (Homilia na Festa do Batismo do Senhor, 10 de Janeiro de 2010). São Paulo, nas suas Cartas, insiste repetidas vezes sobre a singular comunhão com o Filho de Deus realizada neste lavacro. O fato que na maioria dos casos o Batismo se recebe quando somos crianças põe em evidência que se trata de um dom de Deus: ninguém é merecedor da vida eterna pelas próprias forças. A misericórdia de Deus, que lava do pecado e permite viver na própria existência «os mesmos sentimentos de Jesus Cristo» (Fl 2, 5), é comunicada gratuitamente ao homem.



O Apóstolo dos gentios, na Carta aos Filipenses, expressa o sentido da transformação que se realiza com a participação na morte e ressurreição de Cristo, indicando a meta: que assim eu possa «conhecê-Lo, a Ele, à força da sua Ressurreição e à comunhão nos Seus sofrimentos, configurando-me à Sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição dos mortos» (Fl 3, 10-11). O Batismo, portanto, não é um rito do passado, mas o encontro com Cristo que informa toda a existência do batizado, doa-lhe a vida divina e chama-o a uma conversão sincera, iniciada e apoiada pela Graça, que o leve a alcançar a estatura adulta de Cristo.



Um vínculo particular liga o Batismo com a Quaresma como momento favorável para experimentar a Graça que salva. Os Padres do Concílio Vaticano II convidaram todos os Pastores da Igreja a utilizar «mais abundantemente os elementos batismais próprios da liturgia quaresmal» (Const. Sacrosanctum Concilium, 109). De fato, desde sempre a Igreja associa a Vigília Pascal à celebração do Batismo: neste Sacramento realiza-se aquele grande mistério pelo qual o homem morre para o pecado, é tornado partícipe da vida nova em Cristo Ressuscitado e recebe o mesmo Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos (cf. Rm 8, 11). Este dom gratuito deve ser reavivado sempre em cada um de nós e a Quaresma oferece-nos um percurso análogo ao catecumenato, que para os cristãos da Igreja antiga, assim como também para os catecúmenos de hoje, é uma escola insubstituível de fé e de vida cristã: realmente eles vivem o Batismo como um ato decisivo para toda a sua existência.



2. Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a Ressurreição do Senhor – a festa mais jubilosa e solene de todo o Ano litúrgico – o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus? Por isso a Igreja, nos textos evangélicos dos domingos de Quaresma, guia-nos para um encontro particularmente intenso com o Senhor, fazendo-nos repercorrer as etapas do caminho da iniciação cristã: para os catecúmenos, na perspectiva de receber o Sacramento do renascimento, para quem é batizado, em vista de novos e decisivos passos no seguimento de Cristo e na doação total a Ele.



O primeiro domingo do itinerário quaresmal evidencia a nossa condição do homens nesta terra. O combate vitorioso contra as tentações, que dá início à missão de Jesus, é um convite a tomar consciência da própria fragilidade para acolher a Graça que liberta do pecado e infunde nova força em Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Ordo Initiationis Christianae Adultorum, n. 25). É um claro chamado a recordar como a fé cristã implica, a exemplo de Jesus e em união com Ele, uma luta «contra os dominadores deste mundo tenebroso» (Hb 6, 12), no qual o diabo é ativo e não se cansa, nem sequer hoje, de tentar o homem que deseja aproximar-se do Senhor: Cristo disso sai vitorioso, para abrir também o nosso coração à esperança e guiar-nos na vitória às seduções do mal.



O Evangelho da Transfiguração do Senhor põe diante dos nossos olhos a glória de Cristo, que antecipa a ressurreição e que anuncia a divinização do homem. A comunidade cristã toma consciência de ser conduzida, como os apóstolos Pedro, Tiago e João, «em particular, a um alto monte» (Mt 17, 1), para acolher de novo em Cristo, como filhos no Filho, o dom da Graça de Deus: «Este é o Meu Filho muito amado: n’Ele pus todo o Meu enlevo. Escutai-O» (v. 5). É o convite a distanciar-se dos boatos da vida cotidiana para se imergir na presença de Deus: Ele quer transmitir-nos, todos os dias, uma Palavra que penetra nas profundezas do nosso espírito, onde discerne o bem e o mal (cf. Hb 4, 12) e reforça a vontade de seguir o Senhor.



O pedido de Jesus à samaritana - «Dá-Me de beber» (Jo 4, 7) - que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da «água a jorrar para a vida eterna» (v. 14): é o dom do Espírito Santo, que faz dos cristãos «verdadeiros adoradores» capazes de rezar ao Pai «em espírito e verdade» (v. 23). Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, «enquanto não repousar em Deus», segundo as célebres palavras de Santo Agostinho.



O domingo do cego de nascença apresenta Cristo como luz do mundo. O Evangelho interpela cada um de nós: «Tu crês no Filho do Homem?». «Creio, Senhor» (Jo 9, 35.38), afirma com alegria o cego de nascença, fazendo-se voz de todos os crentes. O milagre da cura é o sinal que Cristo, juntamente com a vista, quer abrir o nosso olhar interior, para que a nossa fé se torne cada vez mais profunda e possamos reconhecer n’Ele o nosso único Salvador. Ele ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como «filho da luz».



Quando, no quinto domingo, nos é proclamada a ressurreição de Lázaro, somos postos diante do último mistério da nossa existência: «Eu sou a ressurreição e a vida... Crês nisto?» (Jo 11, 25-26). Para a comunidade cristã é o momento de depor com sinceridade, juntamente com Marta, toda a esperança em Jesus de Nazaré: «Sim, Senhor, creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo» (v. 27). A comunhão com Cristo nesta vida prepara-nos para superar o limite da morte, para viver sem fim n’Ele. A fé na ressurreição dos mortos e a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência: Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade doa a dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e ao seu viver social, à cultura, à política, à economia. Privado da luz da fé todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança.



O percurso quaresmal encontra o seu cumprimento no Tríduo Pascal, particularmente na Grande Vigília na Noite Santa: renovando as promessas batismais, reafirmamos que Cristo é o Senhor da nossa vida, daquela vida que Deus nos comunicou quando renascemos «da água e do Espírito Santo», e reconfirmamos o nosso firme compromisso em corresponder à ação da Graça para sermos seus discípulos.



3. O nosso imergir-nos na morte e ressurreição de Cristo através do Sacramento do Batismo, estimula-nos todos os dias a libertar o nosso coração das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a «terra», que nos empobrece e nos impede de estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo. Em Cristo, Deus revelou-se como Amor (cf 1 Jo 4, 7-10). A Cruz de Cristo, a «palavra da Cruz» manifesta o poder salvífico de Deus (cf. 1 Cor 1, 18), que se doa para elevar o homem e dar-lhe a salvação: amor na sua forma mais radical (cf. Enc. Deus caritas est, 12). Através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo. O Jejum, que pode ter diversas motivações, adquire para o cristão um significado profundamente religioso: tornando mais pobre a nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas – e não só do supérfluo – aprendemos a desviar o olhar do nosso «eu», para descobrir Alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos. Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo (cf. Mc 12, 31).



No nosso caminho encontramo-nos perante a tentação do ter, da avidez do dinheiro, que insidia a primazia de Deus na nossa vida. A cupidez da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha. A idolatria dos bens, ao contrário, não só afasta do outro, mas despoja o homem, torna-o infeliz, engana-o, ilude-o sem realizar aquilo que promete, porque coloca as coisas materiais no lugar de Deus, única fonte da vida. Como compreender a bondade paterna de Deus se o coração está cheio de si e dos próprios projectos, com os quais nos iludimos de poder garantir o futuro? A tentação é a de pensar, como o rico da parábola: «Alma, tens muitos bens em depósito para muitos anos...». «Insensato! Nesta mesma noite, pedir-te-ão a tua alma...» (Lc 12, 19-20). A prática da esmola é um chamado à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia.



Em todo o período quaresmal, a Igreja oferece-nos com particular abundância a Palavra de Deus. Meditando-a e interiorizando-a para a viver quotidianamente, aprendemos uma forma preciosa e insubstituível de oração, porque a escuta atenta de Deus, que continua a falar ao nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciámos no dia do Batismo. A oração permite-nos também adquirir uma nova concepção do tempo: de fato, sem a perspectiva da eternidade e da transcendência ele cadencia simplesmente os nossos passos rumo a um horizonte que não tem futuro. Ao contrário, na oração encontramos tempo para Deus, para conhecer que «as suas palavras não passarão» (cf. Mc 13, 31), para entrar naquela comunhão íntima com Ele «que ninguém nos poderá tirar» (cf. Jo 16, 22) e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna.



Em síntese, o itinerário quaresmal, no qual somos convidados a contemplar o Mistério da Cruz, é «fazer-se conformes com a morte de Cristo» (Fl 3, 10), para realizar uma conversão profunda da nossa vida: deixar-se transformar pela acção do Espírito Santo, como São Paulo no caminho de Damasco; orientar com decisão a nossa existência segundo a vontade de Deus; libertar-nos do nosso egoísmo, superando o instinto de domínio sobre os outros e abrindo-nos à caridade de Cristo. O período quaresmal é momento favorável para reconhecer a nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com decisão para Cristo.



Queridos irmãos e irmãs, mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Batismo. Renovemos nesta Quaresma o acolhimento da Graça que Deus nos concedeu naquele momento, para que ilumine e guie todas as nossas ações. Tudo o que o Sacramento significa e realiza, somos chamados a vivê-lo todos os dias num seguimento de Cristo cada vez mais generoso e autêntico. Neste nosso itinerário, confiemo-nos à Virgem Maria, que gerou o Verbo de Deus na fé e na carne, para nos imergir como ela na morte e ressurreição do seu Filho Jesus e ter a vida eterna.



Vaticano, 4 de Novembro de 2010













Namoro

VIRGINDADE ESTA FORA DE MODA?

É PECADO FAZER TATUAGEM E USAR PERCING?